quarta-feira, 11 de maio de 2016

Computação como Ferramenta de Ensino e o Pensar Computacional




            Nesse texto somos provocados a discutir sobre o tema Computação como Ferramenta de Ensino e o pensar computacional, tendo como aporte teórico os pensamentos de autores como Nunes, Blikstein, Freire.
             O computador pode ser utilizado como recurso auxiliador tanto para o estudante que pode ter maior autonomia no seu aprendizado, tendo assim a liberdade de ir além do que está sendo exposto em sala de aula, como também, para o professor, pois amplia as ferramentas que podem usar como metodologia de ensino.
            Sendo assim, a computação quando vista como uma ferramenta de múltiplas funções que beneficiam o ensino aprendizado, traz riquíssimas mudanças no interesse demonstrado pelos alunos nas aulas. Contudo é valido lembrar as barreiras existentes para que de fato a computação seja vista e utilizada como ferramenta de ensino. Dentre elas pode-se destacar: Falta de infraestrutura das escolas,carência de profissionais capacitados e ou preparados,resistência de escolas e professores de adaptarem-se ao novo, entre outras.
            Outrossim, quando se fala em pensar computacionalmente, é importante lembrar a diferença entre Ensinar Computação e ensinar Informática,esses duas nomenclaturas se diferem em suas particularidades.
             Ensinar Computação não é o mesmo que ensinar Informática. O ensino de aplicativos como Word, Excel e navegadores não cabe na educação básica, pois equivaleria a ensinar a usar calculadoras e não a calcular, no ensino da Matemática (NUNES, 2008 p.3). Assim Computação, como ciência, “pode ser considerada nova ou uma das mais antigas do mundo, dependendo do ponto de vista” (NUNES, 2010). Dessa maneira, pode-se definir como pensamento computacional “saber usar o computador como um instrumento de aumento do poder cognitivo e operacional humano” (BLIKSTEIN, 2008).
            Portanto, é possível afirmar que se pode desenvolver a habilidade do pensamento computacional, sem necessariamente fazer  uso de computadores (computação desplugada), mas sim o desenvolvimento de habilidades que tornem o aluno capaz de “pensar computacionalmente”, identificando as tarefas cognitivas que podem ser realizadas de forma mais rápida e eficiente por um computador (BLIKSTEIN, 2008). Decorrente dessa habilidade desenvolvida, o aluno também será capaz de programar o computador para realizar tarefas, ou seja, transferir para a máquina aquilo que não é essencialmente humano. Dessa forma, torna-se possível a libertação autêntica que Freire (1987) aborda em sua obra Pedagogia do Oprimido, onde existirá a “ação e a reflexão dos homens sobre o mundo, para transformá-lo” (FREIRE, 1987, p. 67).
            Dentro desse contexto a computação pode ser vista como uma ferramenta de ensino que abre leques de outras opções que vem a somar para uma educação mais dinâmica e que provoque no aluno a construção de competências essências para sua vida profissional e pessoal, mas para que isso aconteça é necessária uma inovação no fazer pedagógico e educacional, pois hoje ainda se ver uma rejeição muito grande ao uso das tecnologias na escola.
            Seguindo essa linha de pensamento,é visível a confusão existente entre a computação e a informática, principalmente, quando se esta em sala de aula, muitas são as pessoas que não sabem ao menos que existe diferença entre uma coisa e outra,ficando aparente o desconhecimento por parte de muitos em relação ao Curso superior de Licenciatura Em Ciências da Computação, alguns acreditam ser profissionais da parte técnica ou professores de informática básica.
            Sendo assim, podemos concluir que o pensar computacional está ligado mais ao poder cognitivo, lógico e operacional do que dos conhecimentos básicos de um computador, pois como já foi exposto, o conhecimento computacional pode ser construindo sem necessariamente o uso do computador,uma vez que, o mais importante é o “pensar computacionalmente” e essas habilidades são construídas a partir do raciocínio de forma mais rápida e eficiente construindo habilidades e transferindo para a maquina aquilo que não é necessariamente humano.
Referências:

Freire, Paulo. (1987) “Pedagogia do Oprimido”. 17 ed. Rio de Janeiro, RJ: Paz na Terra.

Blikstein, Paulo. (2008) “O Pensamento Computacional e a Reinvenção do Computador na
Educação
”. Disponível em: < http://bit.ly/1lXlbNn >. Acesso em:11/05/16.

Nunes, D. J. (2010) “Computação ou Informática?”. Jornal da Ciência. 30 de março.

Marli Chagas
UFERSA- Licenciatura em Computação 11/05/16    


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